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  • mago685

Pregões memoráveis: Joesley Day



Na noite do dia 17 de maio de 2017 uma bomba política foi liberada pela mídia: uma conversa privada entre o então presidente e Joesley Batista coloca em cheque a estrutura do sistema brasileiro.

Dia 18 de maio a bolsa teve um dos pregões mais atípicos dos últimos tempos.

Vamos entender esse caso com calma...

CONTEXTO

Joesley é um empresário que comandava as operações da JBS - empresa agropecuária listada em nossa bolsa de valores.

Em 2016 ele esteve entre os investigados da famosa operação Lava-Jato. A acusação era de pagamento de propina para o então deputado Eduardo Cunha.

O acontecimento chegou a comprometer reformas importantes na época, como a reforma da previdência - que estava em pauta na mesma época na Câmara.

Isso tudo aconteceu menos de um ano depois de nosso país passar pelo impeachment de Dilma Rousseff.

No Brasil você pode esperar qualquer coisa, menos tédio! E esse foi um dos episódios que mostrou isso mais uma vez...

O PREGÃO

Na manhã do dia 18 de maio os books de ofertas estavam totalmente atípicos. Em vários momentos não haviam ordens de compra, nem mesmo nas empresas mais líquidas.

Quando o mercado abriu o gap de baixa no Ibovespa foi de quase 9%, assim como o gap de alta do dólar.

Foi acionado o canismo de circuit break, dispositivo pelo qual a B3 interrompe as negociações, visando acalmar um pouco os ânimos do mercado.

O Banco Central agiu fortemente no dólar, para evitar que a moeda disparasse e que a coisa ficasse ainda mais séria.

Ao longo do dia a coisa foi normalizando, mas a lição que fica é a de que operar no mercado brasileiro pode ser

CONSEQUÊNCIAS

No fim das contas o mercado acabou se recuperando bem, por se tratar de um fato pontual.

Joesley ainda chegou a lucrar com o ocorrido, porque sabendo que o áudio ia vazar na imprensa e que o dólar dispararia, o ex-mandatário da JBS comprou aproximadamente 3 bilhões de dólares pouco antes da bomba vir a público.

Ele respondeu por acusações de pagamento de propina, corrupção e manipulação de mercado. Chegou a ser preso em 2017 - liberado pelo STF - e preso de novo em 2018.

Você estava lá no book esse dia? Conta pra gente como foi...

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