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  • mago685

PREGÕES MEMORÁVEIS: o homem que quebrou a bolsa




Naji Nahas é um empresário libanês que se tornou um dos personagens mais icônicos do mercado de capitais brasileiro.

O empresário e especulador ficou conhecido por ter sido “o homem que quebrou a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro” no ano de 1989.

Você conhece essa história? Vamos relembrar este dia histórico...

NAJI QUEM?

Naji Robert Nahas nasceu no Líbano em 1947. Mudou-se para o Brasil em busca de melhores oportunidades.

Veio para cá em 1969, quando tinha 22 anos. Na mudança, trouxe consigo alguns milhões que herdou da família para começar sua vida nova.

Mal sabíamos que aquele rapaz cheio de sonhos seria um dos maiores personagens do cenário econômico brasileiro.

ATUAÇÃO SUSPEITA

Além de atuar em operações de D-Zero, Nahas realizava ainda uma operação conhecida como “Zé-com-Zé”, que ele supostamente usava para manipular uma alta artificial das ações.

De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o megainvestidor chegou a ter mais de 100 laranjas que compravam e vendiam ações para o próprio Nahas, com o objetivo de inflar a cotação dos papéis.

Em meio à forte especulação, autoridades ligaram o alerta sobre uma provável “bolha”.

Toda bolha especulativa é como se fosse uma mentira que se conta por aí: você vai inflando até onde dá. Mas ao ser descoberta, o real tamanho do prejuízo aparece.

FINANCIAMENTOS NEGADOS E O ESTOURO DA BOLHA

O próprio Nahas conta que Eduardo Azevedo - então presidente da Bovespa em 1989 - alertou os bancos que financiavam suas operações, e que o investidor manipulava o mercado ao operar sem lastro, apenas com os recursos bancários.

Com o corte dos financiamentos, o investidor quebrou e levou junto a bolsa do Rio, para a qual tinha transferido suas operações cerca de quatro anos antes. Em valores da época, o prejuízo estimado causado à BVRJ foi de US$ 400 milhões.

CONSEQUÊNCIAS

Em 1997 Naji Nahas foi condenado a 24 anos e 8 meses de prisão, mas ganhou o direito de ficar em liberdade. Dez anos depois, em 2007, a justiça brasileira declarou a inexistência de crime contra o sistema financeiro.

Assim,Naji Nahas passou de réu a inocente e entrou ele mesmocom um processo contra a Bovespa, pedindo uma indenização de R$ 10 bilhões.

Esta quantia era equivalente às ações confiscadas após o escândalo. Em 2014 o processo movido por Nahas foi julgado improcedente.

Já tinha ouvido essa história? Sabia dos desfechos? Comenta com a gente...

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