Evento famoso na agenda do investidor brasileiro, o rali de fim de ano tem acontecido com certa regularidade nos últimos 20 anos.
Por que isso acontece? Será que esse ano veremos também uma disparada nas ações?
ÉPOCA DE ALTO CONSUMO
Esse pode ser um dos motivos: o preparativo para o Natal faz com que as famílias comecem a se mexer.
Lá nos EUA esse marco é a Black Friday – o dia seguinte ao dia de Ações de Graças. Toda a população aciona o modo comprador por lá.
A perspectiva de aumento de faturamento nas empresas do varejo pode levar aos investidores comprar a ideia de alta nas ações dentro dos próximos meses, fazendo-os investir em seus papéis.
Como um efeito dominó, a perspectiva de alta nos EUA tende a puxar nossos papéis por aqui. Mas temos motivos internos envolvidos nisso também.
SALÁRIO EXTRA
O 13º salário também pode ser um dos motivos: com o caixa extra na renda familiar o consumo tende a subir.
De novo: empresas de varejo acabam se beneficiando, mas não só elas. Muitas pessoas aproveitam essa verba extra para investir ou poupar também.
O aumento de dinheiro circulante pode acabar indo para as próprias ações da bolsa. Não que isso seja um ponto central, mas pode acabar ajudando na alta.
MAS E ESSE ANO?
Neste ano temos um momento atípico: acabamos de ter eleições extremamente acirradas, com vitória de um candidato que – em princípio – agradava o mercado.
O problema é que as especulações dos possíveis nomes para a composição da equipe econômica tem tirado o sono dos investidores. Muitos deles falam abertamente de furar o teto de gastos.
Não tomamos partido de nenhum lado político, mas parece que o medo do mercado é com uma possível alta da inflação, com subsequente aumento de juros de forma forçada.
Esse tipo de movimento é complicado porque se os juros sobem, o dinheiro fica mais caro e as empresas que trabalham com certo nível de dívida tenderão a passar aperto. Demissões podem ser feitas em massa, num eventual desastre econômico.
PARA FICAR ATUALIZADO
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